sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Guignard e o Oriente, Entre o Rio e Minas

GUIGNARD, Alberto da V. Lagoa Santa, 1950. Óleo/madeira. 29,8 x 44 cm

O Museu de Arte do Rio – MAR apresenta, sob a curadoria de Priscila Freire, Marcelo Campos e Paulo Herkenhoff, a exposição Guignard e o Oriente, entre Rio e Minas, que dá continuidade ao seu programa curatorial de interesse historiográfico, concebendo mostras que revisam narrativas da história da arte a fim de problematizar suas eventuais simplificações e ativar sua dimensão crítica.

Guignard é apresentado ao público do museu especialmente por meio de sua relação com a estética chinesa, numa asserção de que não se pode interpretar sua obra sem passar pelo Oriente.

A singularidade da contribuição de Alberto da Veiga Guignard para a modernidade da arte produzida no Brasil passa por seu interesse pela China. Enquanto grande parte dos artistas modernos do país cultivou um diálogo com referências do Japão, Guignard mostrou-se prolífico em conceber sua obra a partir da interlocução com a arte chinesa, entrecruzada com a estética colonial que marca seu lugar de atuação, Minas Gerais, bem como sua formação sensível, igualmente interpelada pela paisagem do Rio de Janeiro. Sua obra foi capaz de acionar e harmonizar sistemas pictóricos díspares no tempo e no espaço, configurando uma importante contribuição para o pensamento moderno brasileiro ao fazer-se ao mesmo tempo local e plural.

A mostra reúne pinturas, desenhos, objetos, documentos, gravuras e outras peças que estabelecem diálogos capazes de sublinhar a riqueza da troca entre a pintura desse artista brasileiro e as referências da arte e da iconografia oriental, percorrendo o fértil campo do barroco brasileiro – e, de modo mais amplo, da estética colonial. Para além de uma filosofia da paisagem, trata-se de um conjunto de obras que nos alerta para as políticas da representação e da imagem, que, hoje, constituem um dos cernes da vida simbólica de uma sociedade. O MAR agradece ao casal Hecilda e Sergio Fadel o generoso empréstimo de preciosidades de sua coleção. Esta exposição homenageia a família Fadel, que ora compartilha com a sociedade seu olhar amoroso sobre o universo de Guignard.


De 11/11/2014 até 26/04/2015

Museu de Arte do Rio 
Praça Mauá, 5, Centro 
CEP 20081-240 
Rio de Janeiro/RJ

Os cem anos de Lina Bo Bardi


No dia em que completaria cem anos, Lina Bo Bardi é homenageada com doodle pelo Google.

(fonte: google.com)

A arquiteta faria nesta sexta, 5, cem anos. Ela nasceu na Itália, mas foi radicada em São Paulo, onde projetou uma das maiores obras da arquitetura brasileira: o edifício do Museu de Arte de São Paulo.

O MASP fica na Avenida Paulista em São Paulo e tem o maior vão livre da América Latina, com 70 metros de comprimento. Lina morreu em 1992. 

Lina fez o projeto a convite do marido, Pietro Maria Bardi, que fora convidado por Assis Chateaubriand para dirigir o museu.

No campo da arquitetura, entre suas obras de destaque se encontram:
  • Instituto Pietro Maria Bardi, São Paulo, 1951 - originalmente a residência do casal, o edifício é conhecido como a Casa de Vidro.
  • Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, 1958 - considerada sua obra prima.
  • Casa da Cultura de Pernambuco, Recife, 1963 - Não acompanhou as atividades da reforma do prédio, que abrigava a antiga detenção da cidade.
  • Igreja do Espírito Santo do Cerrado, Uberlândia- Minas Gerais, 1976
  • Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador.
  • Teatro Oficina, São Paulo, 1990.
  • SESC Pompéia - Fábrica , São Paulo, 1990.
  • Reforma do Palácio das Indústrias, São Paulo 1992 - inconclusa.
  • Reforma do Teatro Politeama (Jundiaí), 1986 - concluído em 1996.