Caravaggio no MASP
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Medusa
Murtola, Século XVI (1597) Escudo com cabeça de Medusa óleo
s/ tela de linho aplicada sobre escudo de madeira de álamo 44,68 cm
(diâmetro) Assinada "michelA. f.", embaixo à direita ao longo da borda
damasquinada ©
Collezione Privata [Coleção particular] |
Está prevista para 1º de agosto a inauguração da mostra do famoso pintor
renascentista Caravaggio (1571-1610), com artistas influenciados por ele, os
chamados caravaggescos. Serão exibidas 20 obras até 30 de setembro --seis de
Caravaggio e o restante de seus seguidores, como Artemisia Gentileschi,
Bartolomeo Cavarozzi, Giovanni Baglione, Hendrick van Somer e Jusepe di Ribera.
Provenientes de vários museus italianos e de coleções particulares, as obras
estão organizadas em três grandes seções: "Trabalhos Consagrados e Conhecidos",
"Novas Descobertas" e "Obras 'Problema'", que ainda são objeto de estudo. Entre
as atrações, estão "Medusa Murtola" (recentemente identificada como a "Medusa
Original") e o "Retrato do Cardeal".
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Ritratto di cardinale
(Benedetto Giustiniani?)
[Retrato do cardeal (Benedetto
Giustiniani?)] Século XVI (1599-1600), óleo sobre tela, 60 x 48 cm ©
Galleria degli Uffizi, Firenze |
História
Caravaggio (1571-1610) pintou duas versões a cabeça da
Medusa. A primeira em 1596 e a outra presumivelmente em 1597/8. A primeira
versão também conhecida como Murtula (48x55 cm) é assinado Michel AF, (Michel
Angelo Fecit) e foi encontrada no estúdio do pintor somente depois de sua
morte. Hoje em dia pertence a uma coleção privada, enquanto a segunda versão,
um pouco maior (60 x 55 cm) não é assinado e normalmente fica exposta na
Galeria Uffizi, em Florença.
A “Cabeça de Medusa” executada por Caravaggio, em 1598, foi
contratada como um escudo cerimonial pelo Cardeal Francesco Maria Del Monte,
agente da família Medici, em Roma, depois de ver, no estúdio do pintor, a
primeira versão - A pintura Metula.
O objetivo desta encomenda era para simbolizar a coragem do Grão-Duque da Toscana em derrotar os seus inimigos. Para seu tema, Caravaggio utilizou o mito grego da Medusa, uma mulher com serpentes no lugar do seu cabelo, que transformava em pedra as pessoas que a olhavam diretamente.
Medusa era um monstro Gorgon, uma terrível criatura feminina da mitologia grega. Embora as descrições de Gorgons variem entre a literatura grega, o termo geralmente refere-se a qualquer uma das três irmãs que tinham cobras venenosas em seus cabelos, e um rosto horroroso que transformava em pedra aqueles que viram que a olhavam diretamente. Tradicionalmente, enquanto duas das irmãs Górgonas eram imortais, Stheno e Euryale, Medusa não era.
Segundo a história, ela foi morta por Perseu, que evitou contato visual direto usando um escudo espelhado. Depois da morte de Medusa, sua cabeça decapitada continuou a petrificar aqueles que olhavam para ela.
De 01 de julho a 30 de setembro de 2012
Museu de Arte de São Paulo - MASP
www.masp.art.br
Av. Paulista, 1578
São Paulo - SP